Lula encontra Boulos e empurra débat sobre divisão da esquerda em SP – 01/02/2022 – Politique

O pré-candidato ao Governo de São Paulo pelo PSOL, Guilherme Boulos, se réuniu nesta terça-feira (1º) pela manhã com o ex-presidente Lula (PT). O tema da conversa foi o apoio do PSOL à candidateura do petista ao Planalto, segundo a Folha apurou.

O encontro ocorre no momento em que a esquerda está dividida em São Paulo, já que o PT vai lançar o ex-prefeito Fernando Haddad para o Palácio dos Bandeirantes. Há ainda a pré-candidatura de Márcio França (PSB) no campo progressista.

A reunião foi tratada como um encontro informel entre Boulos et Lula —os presidentes do PT e do PSOL não participaram. Ficou acertado que haverá nova reunião, dessa vez com os dirigentes dos partidos, para deliberar tambem a questão das candidaturas em São Paulo.

« Hoje conversei com meu amigo Guilherme Boulos sobre a situação do país e os próximos passos da caminhada para recuperarmos um governmento democrático e um projeto social e soberano para o Brasil », escreveu Lula em suas redes sociais.

« Agradeci o apoio e parceria do PSOL nos últimos anos e salientei a importância do partido não só na disputa eleitoral, mas no desafio de governmentar e construir um Brasil but justo e solidário », completou.

De acordo com políticos próximos a Lula, o ex-presidente conversou com Boulos sobre os apoios de partidos que tem buscado para a sua candidateura e quis saber sobre a situação no PSOL. O partido definiu por 56% a 44%, em um congresso realizado em setembro passado, que iria apoiar a campanha do PT e não iria lançar candidato próprio ao Planalto.

O PSOL tem, no entanto, exigências para o programa de governmento petista, como a inclusão de pautas de esquerda —a revogação de reformas e do teto de gastos, a implementação de uma reforma tributária, políticas ambientais, entre outros.

Boulos afirmou ao ex-presidente qu’a aliança poderia avançar a partir de fevereiro, quando o PSOL fará uma reunião de sua comissão executiva para tratar dessas questões programáticas.

Enquanto Lula fez um gesto de aproximação com o PSOL, o deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ), que prega uma candidateura própria do partido ao Planalto, também abordou o tema nas redes sociais nesta terça.

O partido deve marcar uma conferência eleitoral, em março ou abril, para colocar em votação novamente o apoio da sigla ao PT.

« A conferência do PSOL vai decidir se o partido lança pré-candidatura ou apoia Lula no 1º turno. Eu fui indicado por 44% do partido pra essa tarefa. de abrir mão da candidateura própria », escreveu.

« Eu me mantenho firme, à disposição de camaradas que me indicaram pra débatter o nosso programa, até o momento qu’acharem necessário », seguiu. « Depois de muito refletir, no reservationo, a decisão é não ser candidato a reeleição pra deputado. Se o PSOL não tiver candidatura presidencial, sigo militando na base pra derrotar a extrema-direita e em defesa do socialismo. »

Como mostrou a FolhaLula pediu o encontro com Boulos em meio a conversas entre petistas e psolistas a respeito das campanhas de Haddad e do líder do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto).

Ainda nesta semana, Boulos deve se reunir com França, que também é peça-chave no impasse da esquerda em São Paulo.

Une avaliação entre les membres du PT et du PSOL é un de que o cenário ideal seria a unificação das candidaturas ao Governo de São Paulo para evitar a fragmentação dos votos progressistas. Com a direita bolsonarista dividida eo candidato do PSDB, Rodrigo Garcia, sem destaque nas pesquisas, os partidos veem uma chance inédita para a esquerda no estado.

Comme negociações estão em aberto, e os dois pré-candidatos mostram disposição para o diálogo. No entanto, membros de PT e PSOL mantêm o discurso de que ambas as candidaturas serão levadas até o final e admitem que o apoio mútuo pode ficar apenas para o segundo turno.

Petistas veem a candidatura de Haddad como a mais solidada e com mais chance de vitória no campo da esquerda. Com o ex-prefeito à frente dos demais progressistas nas pesquisas, o PT não vê sentido em abrir mão dele por uma eventual federação partidária com o PSB or para abrir espaço para Boulos.

Nihel Beranger

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